Salmo 57 - Uma oração para ser salvo dos perseguidores
Salmo 57 Completo
Uma oração para ser salvo dos perseguidores
¹ Tem misericórdia de mim, ó Deus, tem misericórdia de mim, porque a minha alma confia em ti; e à sombra das tuas asas me abrigo, até que passem as calamidades.
² Clamarei ao Deus altíssimo, ao Deus que por mim tudo executa.
³ Ele enviará desde os céus, e me salvará do desprezo daquele que procurava devorar-me. (Selá.) Deus enviará a sua misericórdia e a sua verdade.
⁴ A minha alma está entre leões, e eu estou entre aqueles que estão abrasados, filhos dos homens, cujos dentes são lanças e flechas, e a sua língua espada afiada.
⁵ Sê exaltado, ó Deus, sobre os céus; seja a tua glória sobre toda a terra.
⁶ Armaram uma rede aos meus passos; a minha alma está abatida. Cavaram uma cova diante de mim, porém eles mesmos caíram no meio dela. (Selá.)
⁷ Preparado está o meu coração, ó Deus, preparado está o meu coração; cantarei, e darei louvores.
⁸ Desperta, glória minha; despertai, saltério e harpa; eu mesmo despertarei ao romper da alva.
⁹ Louvar-te-ei, Senhor, entre os povos; eu te cantarei entre as nações.
¹⁰ Pois a tua misericórdia é grande até aos céus, e a tua verdade até às nuvens.
¹¹ Sê exaltado, ó Deus, sobre os céus; e seja a tua glória sobre toda a terra.
Salmos 57:1-11
Prof. Elizabeth Scott
Respeitado teólogo que explora a interseção de textos e tradições religiosas com pesquisa e percepção meticulosas.
Father Joseph
Pai cristão dedicado e apaixonado pelos Salmos e suas profundas mensagens de fé, esperança e louvor.
Salmo 57 Para Que Serve
Esse salmo, juntamente com os Salmos 56 e 142, foi escrito como resposta à evasão de Davi de Saul (1 Samuel 19:1-2; 22:1). Esse período envolveu a busca de refúgio em cavernas, onde Davi teve a chance de tirar a vida de Saul, mas optou por não fazê-lo (1 Samuel 24:1-22). Davi está totalmente confiante na fidelidade de Deus para cumprir Suas promessas (1 Samuel 16:12-13).
Salmo 57 Explicado
Esse salmo foi composto durante os esforços de Davi para escapar de Saul, o rei invejoso e assassino (1 Samuel 19:1-2; 22:1; 24:2-3). Esses eventos também influenciaram a composição dos Salmos 56 e 142, quando Davi fugiu de adversários que o perseguiam e buscou refúgio em cavernas. É provável que o salmo seja ambientado em uma melodia familiar conhecida como “Do Not Destroy” (Não Destruas), mencionada nos Salmos 58, 59 e 75.
Davi começa implorando a Deus por misericórdia, buscando resgate de suas circunstâncias perigosas. Ele descreve poeticamente o Senhor como uma mãe pássaro protetora que abriga seus filhotes das tempestades e da chuva sob suas asas. Confiando nas promessas de Deus a ele (1 Samuel 16:12-13), Davi está confiante na capacidade do Senhor de mantê-lo seguro. Apesar de enfrentar ataques de inimigos semelhantes a animais selvagens, armados com armas e palavras, Davi continua seguro do cuidado protetor de Deus. Ele declara que os louvores do Senhor devem ressoar por todo o mundo (Salmo 57:1-5).
Com base em sua fé inabalável, Davi acredita que seus inimigos acabarão por causar danos a si mesmos. Ele se compromete a louvar a Deus com todas as suas habilidades espirituais e musicais, expressando gratidão logo pela manhã. Davi prevê louvar a Deus não apenas entre “os povos”, mas também “as nações”, sugerindo um público além de Israel, estendendo-se ao mundo gentio. Ele enfatiza o “amor inabalável” ou a “benignidade” do Senhor, descrevendo a lealdade misericordiosa de Deus para com Seu povo escolhido. O salmo termina reiterando o refrão do versículo 5, pedindo o louvor mundial a Deus (Salmo 57:6-11).
Salmo 57:6 – O tiro vai sair pela culatra!
A essência abrangente da Fonte Universal tece seus intrincados fios em todas as facetas da existência, estabelecendo uma ordem generalizada. Assim, a aparência de caos é apenas uma ilusão passageira. Cada evento, cada circunstância que se desdobra, adere às Leis Naturais, seguindo um curso predeterminado ditado por princípios cósmicos. A definição do que constitui uma Lei Natural tem sido uma questão de debate contínuo ao longo dos séculos, ocasionalmente levando certos grupos a oprimir outros sob o pretexto de defender esses princípios cósmicos invioláveis.
Na tapeçaria das crenças, o axioma “o que vai, volta” é amplamente reconhecido, principalmente nos círculos místicos. Viver uma vida de pureza e virtude geralmente revela a manifestação desse princípio. Aqueles que se envolvem em esquemas para infligir danos a outras pessoas acabam, inadvertidamente, sendo enredados pelos mesmos danos que tentaram desencadear.
A intrincada dança de causa e efeito, regida por essas Leis Naturais percebidas, serve como um lembrete de que o universo opera de forma harmoniosa e interconectada. Ela enfatiza a ideia de que as intenções maliciosas, em vez de produzirem os resultados desejados, muitas vezes se voltam contra os perpetradores. A sinfonia da justiça cósmica continua a se desenrolar, lembrando-nos de que as repercussões de nossas ações são tecidas no tecido do próprio universo.