Salmo 15 - Os habitantes do Santo Monte de Deus
Salmo 15 Completo
Os habitantes do Santo Monte de Deus
¹ SENHOR, quem habitará no teu tabernáculo? Quem morará no teu santo monte?
² Aquele que anda sinceramente, e pratica a justiça, e fala a verdade no seu coração.
³ Aquele que não difama com a sua língua, nem faz mal ao seu próximo, nem aceita nenhum opróbrio contra o seu próximo;
⁴ A cujos olhos o réprobo é desprezado; mas honra os que temem ao Senhor; aquele que jura com dano seu, e contudo não muda.
⁵ Aquele que não dá o seu dinheiro com usura, nem recebe peitas contra o inocente. Quem faz isto nunca será abalado.
Salmos 15:1-5


Prof. Elizabeth Scott
Respeitado teólogo que explora a interseção de textos e tradições religiosas com pesquisa e percepção meticulosas.

Father Joseph
Pai cristão dedicado e apaixonado pelos Salmos e suas profundas mensagens de fé, esperança e louvor.
Salmo 15 Para Que Serve
Os salmos anteriores a esse retratam os ímpios que negam a existência de Deus e oprimem os pobres. Em contraste, Davi agora delineia o estilo de vida de uma pessoa justa. Embora Davi reconheça que nenhum ser humano é isento de falhas (Salmo 51:1-2; 143:2), ele prevê um ideal em que os crentes honram o Senhor e se envolvem com o próximo de forma justa. É possível que Davi tenha composto esse salmo depois de levar a arca da aliança para Jerusalém.
Salmo 15 Explicado
Esse salmo começa com uma pergunta aparentemente simples: Quem é digno de estar na presença de Deus?
O termo “peregrinar” aqui não denota apenas viagem, mas significa viver como um estranho ou estrangeiro. Davi reconhece implicitamente a imperfeição de todo ser humano (Salmo 51:1-2; 143:2; Romanos 3:23), reconhecendo que qualquer pessoa imperfeita na presença de Deus pode se sentir um pouco deslocada. Os versículos subsequentes descrevem as características de uma pessoa verdadeiramente justa, explicando como é a justiça em vez de detalhar como alguém pode provar sua justiça ao Senhor (Salmo 15:1).
O termo “irrepreensível” diz respeito à reputação, indicando uma vida que não recebe críticas de outras pessoas (Deuteronômio 18:13; Provérbios 29:10). Não implica ausência de pecado, mas sugere uma vida que resiste ao escrutínio dos outros. Um aspecto essencial disso é a honestidade. O conceito de “coração”, conforme entendido nos escritos antigos, abrange vários aspectos associados ao entendimento moderno de “mente”. Uma pessoa justa não apenas fala honestamente sobre os outros e sobre si mesma, mas também pensa honestamente sobre os outros e sobre si mesma (Salmo 15:2).
Atos como mentir, falar mal dos outros ou causar danos ao próximo são inconsistentes com um estilo de vida justo. Além disso, a pessoa piedosa avalia se o estilo de vida de outras pessoas é honroso para Deus e avalia suas ações de acordo com isso. Com honestidade e amor respeitoso pelos outros, a pessoa justa mantém sua palavra, mesmo quando isso a prejudica (Salmo 15:3-4).
De acordo com a lei do Antigo Testamento, os israelitas eram proibidos de cobrar juros quando emprestavam dinheiro a compatriotas pobres. Os termos hebraicos usados mais se aproximam do termo inglês “usury” (usura), que denota a cobrança de juros excessivos. Uma pessoa justa não oferece ajuda financeira aos necessitados com a intenção de obter lucro. Investir para fins comerciais é diferente de “emprestar” aos pobres. Além disso, os justos se recusam a aceitar subornos, garantindo que seu julgamento permaneça imaculado pela corrupção (Salmo 15:5).
Salmo 15:1 –Limpe sua vida!
O Divino, fazendo um convite para que cada um de nós mergulhe em uma intimidade mais profunda, incentiva: “Envolva seus braços em torno de Mim e segure firme!” Infelizmente, muitos de nós não se deleitam com esse abraço feliz. O Divino não pode se aproximar de nós até que alcancemos maior pureza.
Para iniciar a jornada de autopurificação, reflita sobre a pergunta: “Estou causando danos a mim mesmo de alguma forma?” Se a resposta for sim, é fundamental eliminar os comportamentos autodestrutivos de sua vida.
Para promover esse processo, pergunte: “Como posso levar uma vida mais saudável?” Se essa pergunta for desafiadora, concentre-se em suas escolhas alimentares. O Talmud sabiamente aconselha que a prática do autocontrole com alimentos e bebidas se estende ao autocontrole no comportamento.
Por exemplo, “Elias disse certa vez a R. Nathan: Coma um terço, beba um terço e deixe um terço para quando ficar com raiva, e então você terá se saciado”.
Essa orientação enfatiza a interconexão da autodisciplina física e comportamental como um caminho para a purificação.