Salmo 12 - Uma oração por ajuda contra os injustos

Salmo 12 Completo

Uma oração por ajuda contra os injustos

¹ Salva-nos, SENHOR, porque faltam os homens bons; porque são poucos os fiéis entre os filhos dos homens.
² Cada um fala com falsidade ao seu próximo; falam com lábios lisonjeiros e coração dobrado.
³ O Senhor cortará todos os lábios lisonjeiros e a língua que fala soberbamente.
⁴ Pois dizem: Com a nossa língua prevaleceremos; são nossos os lábios; quem é senhor sobre nós?
⁵ Pela opressão dos pobres, pelo gemido dos necessitados me levantarei agora, diz o Senhor; porei a salvo aquele para quem eles assopram.
⁶ As palavras do Senhor são palavras puras, como prata refinada em fornalha de barro, purificada sete vezes.
⁷ Tu os guardarás, Senhor; desta geração os livrarás para sempre.
⁸ Os ímpios andam por toda parte, quando os mais vis dos filhos dos homens são exaltados.

Salmos 12:1-8

Salmo 12
Prof. Elizabeth Scott

Prof. Elizabeth Scott

Respeitado teólogo que explora a interseção de textos e tradições religiosas com pesquisa e percepção meticulosas.

Father Joseph

Father Joseph

Pai cristão dedicado e apaixonado pelos Salmos e suas profundas mensagens de fé, esperança e louvor.

Salmo 12 Para Que Serve

O Salmo 12 destaca uma distinção fundamental entre as palavras enganosas e lisonjeiras dos malfeitores e as palavras puras e confiáveis de Deus. Davi lamenta o discurso e a conduta de uma sociedade orgulhosa e enganosa, fazendo eco às queixas encontradas em outras passagens do Antigo Testamento (Habacuque 1:2-4; Salmo 22). Apesar dos desafios impostos pelos ímpios, ele expressa confiança de que o Senhor o protegerá e a todos os justos do mal de seus contemporâneos inescrupulosos (Salmo 3:3).

Salmo 12 Explicado

A Bíblia registra com sinceridade as queixas humanas sinceras, principalmente quando confrontadas com o mal ou a perseguição. As linhas iniciais de Davi nesse salmo refletem sentimentos encontrados em outras passagens do Antigo Testamento (Habacuque 1:2-4; Salmo 22:1). Como sempre, as Escrituras fornecem o contexto, assegurando aos crentes que Deus acabará por vindicar Seu povo. Davi lamenta o que parece ser uma escassez de indivíduos justos, expressando poeticamente que “todos” se tornaram enganosos (Salmo 12:1-2).

Em resposta, Davi implora a Deus que julgue esses indivíduos perversos. O termo “lisonjear” denota elogio insincero, geralmente usado para manipular ou tirar vantagem de alguém. Consistente com suas observações em outros salmos (Salmo 10:6, 13), Davi detecta arrogância nesses malfeitores que acreditam que suas táticas enganosas os protegerão das consequências (Salmo 12:3-4).

Ecoando seus sentimentos em salmos anteriores, Davi associa a maldade aos maus-tratos aos pobres e vulneráveis (Salmo 9:12; 10:2-3). Em meio ao seu desespero e angústia anteriores, Davi mantém a confiança em Deus, confiante de que Ele acabará por julgar o mal (Salmo 12:5).

O versículo 6 faz um contraste direto entre as mentiras e a insinceridade dos ímpios e a pureza das palavras de Deus, inclusive sua palavra escrita, comparada a metais preciosos ultra refinados. O processo de refino elimina as impurezas, deixando apenas a substância pura e valiosa. A menção de sete, o número bíblico da perfeição, ressalta a pureza absoluta da Palavra de Deus (Salmo 12:6).

A conclusão do salmo retorna ao seu tema inicial: a humanidade está mergulhada em corrupção e maldade. O termo “geração” refere-se tanto à linhagem familiar quanto a grupos sociais. “Esta geração”, da qual os pobres buscam proteção, consiste nos indivíduos enganadores mencionados anteriormente. No Novo Testamento, Pedro ecoa o conceito do mal à espreita como um predador (1 Pedro 5:8). O termo traduzido como “vileza” sugere algo barato ou sem valor; em vez de honrar a prata refinada da Palavra de Deus, a humanidade tende a favorecer mentiras e enganos inferiores (Salmo 12:7-8).

Salmo 12:6 Agarre-se firmemente à verdade!

Assim como o ouro é valorizado por sua preciosidade e pureza, a verdade é um tesouro que vale a pena ser apreciado. Existem inúmeras fontes de verdade, assim como os inúmeros depósitos de ouro que estão esperando para serem descobertos. Pense na verdade espiritual como um mapa confiável – ela não apenas revela sua localização atual, mas também indica o caminho para seu destino final.

Se você ainda não encontrou a verdade, não desanime. Continue buscando! À medida que você percorre a vida e experimenta um crescimento genuíno, você reconhecerá quando finalmente tiver compreendido a verdade. É como encontrar uma joia preciosa na vasta paisagem do conhecimento.

Agora, se você já encontrou a verdade, agarre-se a ela com todas as suas forças. Trate-a como o bem inestimável que ela é. Para aqueles que pertencem à fé judaica, o repositório central da verdade espiritual é a Torá, muitas vezes carinhosamente conhecida como a Árvore da Vida. O Livro dos Provérbios descreve lindamente a Torá, afirmando: “Ela é uma árvore da vida para aqueles que a agarram, e quem se apega a ela é feliz” (Provérbios 3:18). Portanto, assim como uma árvore proporciona estabilidade e nutrição, apegar-se à verdade espiritual pode trazer felicidade e realização duradouras.

SALMOS