Salmo 24 - Rei da Glória
Salmo 24 Completo
Rei da Glória
¹ Do SENHOR é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam.
² Porque ele a fundou sobre os mares, e a firmou sobre os rios.
³ Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no seu lugar santo?
⁴ Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente.
⁵ Este receberá a bênção do Senhor e a justiça do Deus da sua salvação.
⁶ Esta é a geração daqueles que buscam, daqueles que buscam a tua face, ó Deus de Jacó. (Selá.)
⁷ Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória.
⁸ Quem é este Rei da Glória? O Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na guerra.
⁹ Levantai, ó portas, as vossas cabeças, levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória.
¹⁰ Quem é este Rei da Glória? O Senhor dos Exércitos, ele é o Rei da Glória. (Selá.)
Salmos 24:1-10


Prof. Elizabeth Scott
Respeitado teólogo que explora a interseção de textos e tradições religiosas com pesquisa e percepção meticulosas.

Father Joseph
Pai cristão dedicado e apaixonado pelos Salmos e suas profundas mensagens de fé, esperança e louvor.
Salmo 24 Para Que Serve
O Salmo 24 segue naturalmente a sequência dos Salmos 22 e 23. O Salmo 22 retrata o sofrimento do Bom Pastor na cruz, enquanto o Salmo 23 ilustra a profundidade de seu cuidado com suas ovelhas. O Salmo 24, por sua vez, prevê seu retorno para governar como rei. A progressão reflete a jornada de Jesus, o Bom Pastor, que morreu por nós (Salmo 22), continua a cuidar de nós (Salmo 23) e está destinado a retornar por nós (Salmo 24). O Salmo 15 serve como uma reflexão paralela a essa passagem.
Salmo 24 Explicado
Nesse salmo, o rei Davi louva a Deus como o Rei eterno, o Senhor dos Exércitos. Ele é frequentemente associado à transferência da arca da aliança por Davi, marcada por uma procissão com cânticos e música (2 Samuel 6; 1 Crônicas 15:2-28). Provavelmente composta para um coral, as pessoas em adoração ou um coro cantariam os dois primeiros versos, e um líder faria as perguntas que começam no verso 3.
Davi reconhece que o Senhor é o proprietário da terra e de tudo o que há nela, inclusive a humanidade. O termo “plenitude” refere-se a toda a humanidade. Como Criador e modelador do mundo, Deus reivindica legitimamente o domínio sobre tudo e todos (Salmo 24:1-2).
A verdadeira adoração na casa do Senhor é reservada para os justos, aqueles que têm motivos puros, uma abordagem verdadeira e mãos imaculadas. Davi enfatiza que aqueles que levam uma vida justa receberão bênçãos de Deus (Salmo 24:3-6).
Dirigindo-se a toda a cidade de Jerusalém, Davi pede que os portões da cidade se abram de par em par, permitindo a entrada do Rei da glória. A repetição da frase exata do versículo 7 no versículo 9 ressalta o significado desse momento. O salmo descreve Deus como forte, poderoso na batalha e o Senhor dos Exércitos (Salmo 24:7-10).
Salmo 24:7 –Basta passar pela porta aberta!
Na narrativa comum, muitos se identificam principalmente com suas mentes, mas a realidade mais profunda é que você é a sua alma. Tanto seu corpo quanto sua mente desempenham o papel de servos, ajudando sua alma a realizar sua missão distinta no mundo. Lamentavelmente, há momentos em que sua mente se torna um impedimento, resistindo à cooperação e frustrando os desejos de sua alma. A mente humana sempre opera com seu próprio conjunto de razões.
Neste exato momento, há uma porta aberta, acenando para que você passe por ela. Sua alma deseja ardentemente que você aproveite essa oportunidade! Não deixe que as racionalizações de sua mente o impeçam de dar esse passo decisivo.
Do ponto de vista do misticismo judaico, a alma humana é frequentemente retratada como um rio radiante, alimentado por cinco correntes de luz, cada uma superando a anterior em brilho e pureza.
A porta aberta é uma chance para sua alma manifestar seu brilho e cumprir seu propósito; não deixe que as tendências analíticas de sua mente impeçam essa jornada transformadora.